Aquilo que conhecia tão bem e meus olhos estavam tão acostumados, acostumados mas nunca cansados de ver, nem meus braços de medir, o tamanho do abraço, o quanto tinha que ficar na ponta dos pés pra alcançar a boca, cada poro, a direção dos fios de cabelo, os sinais pelo corpo que já contei várias vezes brincando, como deitavamos pra que os corpos se encaixassem perfeitamente, cada toque, a temperatura do corpo, o tom da voz, o cheiro, a textura da pele... estava tão acostumada, acostumada mas nunca cansada de medir, agora essas medidas são feitas por outros braços, e fica tudo tão estranho.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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Um comentário:
a vida é estranha mesmo. mas ainda bem que podemos ver tudo sempre de outra maneira.
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